segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Abraço, simplesmente abraçar.



Estava aqui pensando o tanto de significados que  um abraço pode ter. Muitas vezes quando eu não tive palavras que pudessem expressar meus sentimentos,  o abraço foi como a abertura da comporta de uma barragem que está a ponto de transbordar. Sei que meus olhos não mentem, talvez minhas ações assim façam, mas meu abraço não.  Já vi meu corpo respondendo negativamente num instinto incontrolável, se afastando e tornando  frio e seco quando se sentia vulnerável, desprotegido ou até mesmo magoado. É difícil dar esse abraço quando sua ponte que interliga sentimentos com outra pessoa está destruída, mas por outro lado, quando estamos dispostos a abrir a guarda e resgatar algo perdido,  esse abraço tem o poder de reconstruir essas ruínas. Sinto falta de tantos abraços, todos singulares e únicos. Insubstituíveis... Já recebi tantos abraços que me aqueceram a ponto de me sentir livre para deixar as lagrimas rolarem, e também houve aqueles que de longe eram artificiais tão quanto os corantes vibrantes dos doces e vinha sempre com invisíveis punhais que cravavam nas minhas costas fazendo com que minha alma vazasse por meu corpo. Afeto e personalidade são uma das inúmeras coisas que podemos sentir através de um abraço. Inclusive, acho que abraço deveria se encaixar na área dos sentimentos em si, porque ele transmite inúmeras sensações que são abstratas, como o amor, a amizade, o ódio, a indiferença, etc.  Alguns abraços deixei pra trás, alguns desejo muito dar, alguns dispenso. É no abraço que a gente se entrega... ou talvez não!  O abraço não desgasta, não vence, e se renova sempre.

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