sábado, 8 de julho de 2017

Quase 12 anos...

Image:Pnterest

Seriam 12 anos de amizade, se tudo isso não tivesse tomado outro caminho. Se as mentiras tivessem sido apenas algo engraçado e não tivessem magoado tanto. Não. Eu não preferi acreditar no que algumas pessoas andaram falando, porque tudo o que elas me falavam era algo que eu já sabia, mas preferia fingir não ver, por consideração, por insistir em algo que parece nunca ter dado certo, desde a primeira vez. Eu acredite várias vezes em sua mudança. Não uma, nem duas, nem três, nem quatro... Não sei quantas vezes. Mas como preferi dizer olhando em seus olhos, eu sempre estive só nessa amizade, tentando não deixar que as coisas abalassem-na. Sabe por quê? Porque sempre acreditei em sentimentos verdadeiros, e infelizmente, continuo acreditando e sofro por isso. Sou uma piada de mim mesmo em um mundo superficial e cheio de aparências.  Um mundo em que você preferiu se entregar para que fosse quisto por aqueles que você achava que pudesse lhe oferecer algo melhor do que o que eu oferecia. Todos percebiam e me alertavam, mas eu insistia. Sabia que a mudança viria, porque queria que você percebesse que nada material, absolutamente nada, pode substituir sentimentos verdadeiros.  E a cada vez eu ficava mais e mais desacreditado, olhando para mim e me vendo mendigando coisas que deveriam ser naturais. Nos meus piores momentos você não estava lá... E eu fui apenas deixando as águas passarem e levarem todos os meus questionamentos. Naquele dia, dei mais uma oportunidade para nossa amizade. Diferente de acusações feitas pelas costas, preferi colocá-las à sua frente, e eu sabia o que você faria, algo dizia e foi exatamente o que aconteceu: Você desmentiu tudo, como sempre fazia, mesmo sabendo dentro de si que muito era verdade. A sua consciência sabe... Eu sei que sabe. Esperava que você reconhecesse apenas uma dessas coisas, apenas uma, para voltar acreditar em você como ser humano. Apenas uma, mas não. Era mais fácil negar para que eu parecesse um frio, sem coração, sem dó, sem pena, sem consideração, paranoico, como costumava a me pintar para os outros. Dias depois você me procurou para saber qual era visão que eu tinha de você. Naquele momento, mais uma vez, acreditei que tudo poderia ser apagado com uma conversa franca, e abri minha casa para que pudéssemos conversar. Você nunca apareceu. Preferi olhar para dentro de mim e ver quem eu realmente era como pessoa, o que buscava e quantas vezes eu poderia continuar insistindo e o cansaço foi maior. Abri as mãos e deixei que a água que eu represava nas mãos pudesse escapar e quem saber molhar um chão seco de sentimentos. . Ao contrário do que deve pensar, não tenho ódio e nem magoas. Eu sempre disse que por respeito aos longos anos, e pela sua família, jamais faria isso de forma ruim e cumpri. Mas chega um momento em que não há mais o que ser feito e, neste caso, isso aconteceu. O fim da linha chegou, chegou ainda durante a vida. Por ainda termos pessoas em comum, acompanho suas conquistas e fico feliz que tenha chegado tão longe profissionalmente. Sempre torci por isso e continuo na torcida para que só haja coisas boas na sua vida, porque eu sei que lá no fundo sua verdadeira essência sobrevive. Tento me lembrar só das coisas boas que vivemos durante anos de amizade, e isso é o que me matem acreditando em você. Haverá outros capítulos, pessoas, amores, amigos que ainda vão passar por sua vida. Acredite sempre em você mesmo e nunca precisará ser alguém que não é, por mais que isso não seja o ideal para sociedade.

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