É triste pensar que se pode morrer de amor e ainda estar vivo (Mário Quitanda), pois você sempre estará suscetível a morrer novamente, e sempre e sempre... Então um buraco se abre em seu peito que dói e nunca sara. Aquela queloide horrível aparece no lugar e faz com que seu coração se torne rígido e feio, e você dificilmente o mostrará para outro alguém. Eu já morri de amor algumas vezes, e quem nunca morreu alguma vez que seja?! Achei que nunca seria capaz de amar novamente; mas logo estava lá, me apaixonando outra vez, sem nunca me perguntar se eu realmente sabia o que era o amor. Há aqueles que morrem de paixão, há aqueles que morrem de decepção. Cada um tem sua própria forma de lidar com esse sentimento que nos deixa tão vulnerável. Morrer um pouco a cada decepção, cometer suicídio quando percebemos que aquele amor, que um dia nos encheu de esperança, é perigoso e não têm retorno... “Eu me defendo até do amor que as pessoas me dão...” Maysa certamente sabia do que estava falando quando sua vida amorosa e desastrosa estava publicamente exposta. Basta ouvir algumas de suas músicas, ou de Amy Winehouse, Billie Holiday, Etta James e tantas outras (os) que morreram de amor, em alguns casos, literalmente. São fracos aqueles que morrem de amor?! Ou são dramáticos, ou sensíveis, ou drásticos?! Gastar tantas lágrimas se jogando ao fundo de um poço escuro e frio apenas para se esconder da possibilidade de sofrer novamente seria eficaz?
MORRER DE AMOR - MAYSAAndei sozinha, cheia de mágoasPelas estradas de caminhos sem fimTão sem ninguém que penseiAté em morrer, em morrerMas vendo sempre que a minha sombraIa ficando cada instante mas sóMuito mais só, sempre a caminharPara não mais voltar, eu quis morrerEntão eu via que eu não morriaEu só queria morrer de muito amor por tiE hoje eu volto na mesma estradaCom esperança infinita no olharPara entregar todo um coração que o amorEscolheu para morrer, morrer de amor...(Oscar Castro Neves / Luvercy Fiorini)
Sinceridade destilada nas palavras.
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